Rita vem do açoriano “ri-tâ” que significa “mulhé que sabe vivê e nã precisa de durmi”. E isto é a verdade verdadeira – se as outras Ritas não se identificam é provável que alguém lhes tenha escolhido o nome errado.
A (minha) Rita é também sinónimo de produtividade. É muito difícil apanhar a Rita a desperdiçar tempo. Ou ela está a usar o tempo para ser a melhor naquilo que faz, ou está empenhada a usar o tempo para ser a melhor naquilo que não faz. A Rita é a rainha soberana das hormonas e do ócio, e esse duplo reinado poderá ser uma das explicações para este exemplar de génio andante passar despercebido no mundo das pessoas comuns.
A Rita é, por isso, a escolha segura para um casamento com a vida. Na saúde e na doença, no sofá e no ginásio, em viagem ou em inércia, a Rita será sempre uma boa companhia. Se descobrirem alguma coisa que esta moça não faz bem, o Jumbo devolve o dinheiro. O mais provável é que ela já a tenha descoberto primeiro e entretanto a tenha superado com estilo: agarrada a um apara-quedas (como é que este não é o nome certo?!) ou frente a frente com uma senhora cascata.
A (minha) Rita é também sinónimo de resiliência. Quando o universo precisa de atenção, decide pregar umas partidas à Rita. Mas a Rita tem a força do mar revolto e acaba sempre a surfar a onda com o universo ao colo. Entretanto o universo rende-se e dá-lhe uma noite estrelada no deserto ou um pôr do sol no mar. E a vida continua, suave, com o mar também sabe ser.
Não sei o que o universo tem reservado para a Rita, mas sei que esta moça vai dar muito que falar. E se ele aprontar das suas, vai acabar a dançar samba com ela. Eu por cá estarei, orgulhosa, a garantir que ela mantém o seu disfarce de pessoa comum ou que não é raptada e exilada em troca de milhões oferecidos pelo balcão de reclamações da TAP.
Parabéns Rita,
O universo que se prepare para mais um ano ao teu colinho.