A gente inventa e se reinventa
Corre, cansa e levanta de novo.
A gente esperneia, reclama com o povo,
Culpa, se desculpa,
Quase desiste.
Mas volta e tenta. Insiste.
Procura arrumar num só dia
Os afazeres de todo o mês
E de hora em hora suspira.
E diz que faz diferente na próxima vez.
A gente tem tanto que já conquistou,
Mais outro tanto que o mundo traz por defeito.
Mas na volta, se veste de bicho insatisfeito,
e encontra sempre algo em falta,
para chegar ao quase-perfeito.
Mal não tem,
Se o caminho for pelo bem.
A gente só não pode esquecer
Que, no fundo, isto de viver
Não tem muito de complicado,
E cabe numa frase só:
Amar, e ser amado.
(aqueles dias em que a tua inspiração chega com sotaque do Bráziu)