Genuínas. Simples. Com o coração nas mãos: arriscam, caem, levantam-se. Às vezes choram, nada que um abraço não resolva. Riem muito. Fazem(-me) rir tanto mais. Espontâneas. Cheias de sonhos e de possibilidades. Só “pedem” duas coisas: tempo e amor. E rebuçados, às vezes também pedem rebuçados.
Hoje o meu coração dividiu-se. Uma parte é gratidão, pela criança que fui, pela criança que ainda sou, e pelas crianças de 7 meses ou 70 anos que me rodeiam e me fazem tão feliz. A outra parte, eu nem sei descrever. Acho que ainda estou zangada com o mundo. Há poucos dias, vi uma mãe chorar a morte de um filho com semanas de vida. Abracei-a com a força de uma amizade sentida. Demorei-me. Podia ter ficado ali para sempre, naquele abraço tão apertado que a dor não ia ousar construir casa entre nós.
Quantas mães, quantas crianças mais.
Tempo e Amor. Abraços.
Que façam os nossos dias enquanto os dias forem nossos.