ervilha

“É preciso uma aldeia inteira para fazer crescer uma Ervilha”

Ontem à tarde chegou à aula de Pilates e disse-me que se sentia diferente. Que estava para breve. E eu acreditei. Dei-lhe um abraço apertado no final da aula – “o abraço das 38 em diante”, como lhe chamo. Estava para breve.

Acompanhei o crescimento desta pequena Ervilha meses a fio. Vi a barriga da Mãe a crescer, a tranquilidade e a consciência de si mesma e do seu corpo a tomar o lugar das angústias, das incertezas. É das metamorfoses mais bonitas a que tenho o privilégio de assistir, no meu dia-a-dia.

“A caminhada está feita. Agora, é só deixares-te levar” – disse-lhe logo depois do abraço. E a porta fechou-se e comigo ficou a promessa que voltariam para nos ver, os três.

Hoje de manhã, o telefone toca. “Nasceu, nasceu esta madrugada”, diz-me a Isabel, com a alegria de Parteira na voz. E que nascimento! Nunca nos havemos de esquecer deste, isso é certo. Esta pequena Ervilha apanhou-nos a todos de surpresa. Escolheu o dia e a hora a que ia nascer. E, atrevo-me a dizer, escolheu o local também. Está visto que vai ter uma determinação daquelas que mudam o mundo.

“É preciso uma aldeia inteira para fazer crescer uma Ervilha”. Obrigada Mamã. Obrigada Papá. Obrigada por este miminho. Obrigada por terem confiado em nós para pertencer a essa vossa aldeia. Foi uma caminhada bonita até então. Mas a melhor, a melhor é a que está à nossa frente. A Gimnográvida será sempre a vossa casa, nós seremos sempre a vossa aldeia. Estão no nosso coração.

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